domingo, 26 de agosto de 2012

RAPIDINHAS DO MASCARADO

Desrespeito total
 
 
A novela da renovação de Hebe com a Rede TV! ou seu regresso para o SBT já se faz vergonhosa! A situação seria perfeitamente "normal" se estivéssemos falando de uma artista em início de carreira, de retorno incerto; mas estamos falando da primeira dama da Televisão Brasileira! A Rede TV! quer reduzir o salário da apresentadora pela metade e já avisou, de antemão, que não vai entrar num leilão com Sílvio Santos pelo passe da loiruda - algo no mais vexatório estilo: "É o que temos pra hoje!", pronto e acabou. SS, por sua vez, não formalizou sua proposta para voltar a ter Hebe em seu casting. Fico, então, a me perguntar: tá certo que, há muito tempo, Hebe não dá o retorno de audiência que dava nos anos 80 e 90, por exemplo, mas pôxa, é uma profissional de renome! Tem uma brilhante carreira na comunicação nacional e, no mínimo, merecia muito mais respeito por parte de seus contratadores! É vergonhoso ver uma estrela do quilate de Hebe praticamente implorando pra trabalhar, enquanto "Pânico" e afins são festejados pela atual audiência!

Muito MENOS
 
Muitos gastos e pouco retorno podem tirar o programa do ar, anunciam os sites.
 
E o programete de Adriane Galisteu vai de mal a pior nas tardes da Band - sites especializados em medição de audiência revelam que, em algumas ocasiões, o "Muito Mais" literalmente "traçou", o que, é claro, acionou o alerta mais-que-vermelho nos corredores da emissora do Morumbi. Convenhamos: é um investimento relativamente alto (são 4 "apresentadores", mas nenhum deles parece fazer valer sua presença em termos de audiência) e, ainda assim, com o circo todo armado, não decola. Personagens lastimáveis (como o tal Gomez, um suburbano sem carisma nem talento mas que, na contra-mão do bom senso, se acha a "última melancia da feira"!), exploração do mundo das subcelebridades, apelações inúmeras e muitas "cenas armadas" (bem ao gosto de Galisteu!) dão o tom da tragédia em que se transformou o programa. E a coisa toda ficou ainda pior com a ida do ex-diretor do Superpop, de Luciana Gimenez, para o vespertino da BAND: sensação de que você sintonizou na emissora errada e tá assistindo a um programa de um canal com apresentadores de outro! Salada total! Dizem estar com os dias contados - é aguardar pra ver no que dá!
 
Desacelerando na Avenida
 
Enquanto cresce a sua audiência, Avenida Brasil vem entrando em mais um daqueles períodos monótonos que existe sempre entre o estourar de uma bomba e outra. A vingança de Nina, que tanto agitou e mobilizou a audiência, agora parece enfadonha e "esticadona" de mais para manter o espectador preso à trama. João Emanuel Carneiro também parece ter perdido a mão com a exploração da classe "C" e regalado ao público uma verdadeira overdose do subúrbio, como diria Verônica, a hilária personagem de Déborah Bloch. Aliás, não há nada, no nosso ponto de vista, que justifique o núcleo Cadinho, sempre tão "Zorra Total", sem graça e, o que é ainda pior, sem fatos relevantes. Conversando com outros espectadores da novela, via Twitter, a conclusão a que chego parece ser compartilhada: mil vezes os ares sombrios e misteriosos de "A Favorita"!
 
E agora, Doutor Renato?
 
 
Essa polêmica causada pela colunista Fabíola Reipert vem dando o que falar, minha gente! Eu mesmo, ao tuitar a respeito, recebi respostas de gente discordando e alegando falta de provas para informação do site de Cobríola Fabíola. Acho, sim, que são necessárias provas para uma denúncia tão grave quanto esta, mas não posso deixar de dizer que NUNCA fui muito com as fuças do Doutor Renato Aragão e, por isso, pra mim, não foi nada difícil acreditar no que escreveu a "jornalista". Claro que esse é um juízo de valor de forum muito íntimo e não deve ser levado em conta para efeito de justiça, mas o eterno Trapalhão jamais arrancou um só sorriso da pessoa que lhes escreve. Sempre gostei muito mais do MUSSUM e do ZACARIAS! Sinto muito, DIDI!
 
Tieta do Agreste, lua cheia de tesão!
 

Terminei recentemente de rever a novela através do box lançado pela Globo Marcas, meu povo!
Se eu recomendo? Com toda certeza! A edição descuidada e brusca de outros boxes lançados pela Globo Marcas deu lugar a uma edição mais bem feita e coerente. Claro que você fica sentindo falta daquelas "cenas clássicas" mas, no geral, não há muito de que se queixar do trabalho realizado com a novela de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares. Betty Faria está belíssima e a atuação de Joana Fomm, como a inesquecível Perpétua, é simplesmente de gargalhar! Um bom investimento para quem era fã da novela e gostaria de percorrer novamente cada cantinho da saudosa Santana do Agreste!
 

terça-feira, 15 de maio de 2012

QUANDO IMPERA O ABSURDO

"Gominho" (o nome é uma ironia, como podem perceber): 
O grotesco e superinflado pseudoapresentador da Bandeirantes.

Minha gente, minha gente... Assistir à televisão neste país de meu Deus tem ficado cada dia mais difícil! Não fossem as boas opções que nos oferece a TV a cabo eu nem sei o que seria de nós, telespectadores inteligentes, neste festival de absurdos que impera no sistema aberto.
É indignação atrás de indignação. Investimentos absurdos em programas de qualidade pra lá de duvidosa, gente sem talento algum ocupando o lugar que, num mundo mais justo e sensato, seria ocupado por alguém preparado, de boa dicção, boa aparência e talento genuíno para a comunicação.
"Pernas pro ar" define. "Desespero", também. No afã de galgar centésimos mais no IBOPE, nossas TVs abertas acabam atirando às cegas e investindo no tosco, no baixo calão, na bizarrice travestida de "espontaneidade popular" - verdadeiros crimes contra a comunicação de qualidade, levada a cabo por gente que sabe como decentemente defender o seu papel de COMUNICADOR.
Aliás, esse tão nobre substantivo tem sido usado de maneira muito gratuita, ultimamente. Qualquer "zinha", hoje, se autoproclama "comunicadora" em tempos em que os parâmetros foram para o saco e qualquer "teste do sofá" coloca qualquer "nêga" com um microfone na mão, apresentando um programa - depois de provavelmente ter feito outro, por sinal, para poder estar ali. (Compreenderam?)
É um tal de "mulher do dono" comandando atração, blogueiro do subúrbio se sentindo "estrela" só porque aparece na TV diariamente, enfim, enfim, absurdos! Tanta coisa ruim junta que até o estômago sofre com a qualidade precaríssima da "formação" (Qual?!) desses pretensos "comunicadores" de hoje em dia.
Aliás, até quem, numa primeira análise, ATÉ TERIA condições de se dizer "comunicador(a)", num segundo e mais atento olhar acaba pecando por outro tipo de preparo: munidos de falsa "humildade", querem se definir como "não-famosos" e acabam forçando a barra por não saber como lidar com o assédio de fãs, admiradores e crítica especializada.
Tudo uma grande pasmaceira, como podem ver. 
Quem tem talento tem que saber como administrá-lo e não ficar "pagando de humilde" só para "fazer média" - humildade é coisa que se TEM ou NÃO SE TEM e, just for the record, a pessoa que se autoproclama "humilde", no exato instante em que o faz, já perdeu, por mérito próprio, o título! Acho que não é tão difícil acompanhar o raciocínio, hum? Try a little harder!
É tanta gente "de mentira" que a TV fica cada vez mais parecida com um barco à deriva, em que todos estão desorganizadamente atirando para todos os lados, a procura de um meio para se salvar!
Uma tristeza só, minha gente! Coisa para se lamentar até umas horas.
Só a título de exemplificação, há alguns meses escrevi sobre o programa "Muito Mais", da BAND, elogiando a produção e alguns de seus apresentadores. Se você não leu, pode voltar um pouquinho as páginas deste mesmo blog e acompanhar minha entusiasta crítica à produção. Passados alguns meses, no entanto, tristemente constato que o que parecia promessa se revela, diariamente, decepção. Apresentadores que se atropelam a todo momento no vídeo, não esperando o colega concluir sua fala antes de afoitamente lançarem a sua própria; VTs que entram errado a todo momento; polêmicas fabricadas para alavancar audiência; exploração total do mundo das sub-celebridades e seu desinteressantíssimo universo; Galisteu empavoanada, mostrando que mal sabe se sentar decentemente num sofá - quem dirá conduzir uma entrevista!; novatos insossos e sem carisma tentando posar de "artistas", enfim, uma série quase infinita de erros, reprovações, amadorismo e decepções que só fazem aumentar a cada nova edição do programa.
Merece destaque, nesse precário contexto, a atuação sofrível deste a quem chamam "Gominho", o recém-rotulado "Chupeta de Baleia", desde a declaração explosiva do marido raivoso de Ana Hickmann no também já comentado episódio da "Guerra das Loiras". Esse indivíduo, não bastasse sua total falta de inteligência, preparo e carisma, vem mostrando, paulatinamente, que tem o ego muito acima do tom e o bom senso de uma criança em idade pré-escolar. Nada contra iniciantes, já que ninguém nasce sabendo, mas TUDO contra alguém que, além de não estar preparado para o que faz, se acha no direito de sair ofendendo todo mundo, achando-se o "dono do pedaço" e a "estrela da atração"!
Suas menções constantes à Ivete Sangalo o tornam uma caricatura grotesca do suburbano barraqueiro, de aspecto grotesco, que projeta todas as suas fantasias em ídolos inatingíveis e que gostaria de ser ou pelo menos parecer com a "inspiração" para talvez sublimar a tristeza que sente por estar tão infinitamente distante daquilo ou daquele que admira.
E o pior nem é dar espaço pra uma criatura desse naipe, o pior é TIRAR O ESPAÇO DE UM PROFISSIONAL DE VERDADE! Alguém que estudou, que tem carisma, que tem talento e tem aparência para ocupar um espaço considerável dentro da mídia atual.
Acho isso tudo extremamente revoltante!
Acho deprimente o modo como o BIZARRO tem ganhando mais e mais espaço na programação da TV aberta brasileira.
Prova maior de que vivemos em tempos em que COMPETÊNCIA e COMPROMETIMENTO são menos importantes que o IDIOTISMO e o NONSENSE.
Todos perdemos com isso.
Todos nos imbecilizamos nas garras de gente inculta e despreparada como essa.
Beco sem saída?
Eu realmente espero que não.
A favor da boa comunicação e da televisão de QUALIDADE, assina:

O Ás Mascarado.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ana X Adriane e a roupa suja lavada em público


Muito se tem falado, escrito e, através da televisão, exposto sobre o "quiprocó" que se instaurou entre duas loiras famosas do meio artístico: Adriane Galisteu e Ana Hickmann.
A opinião pública se divide e constantemente (re)coloca as duas beldades na balança, tentando ver pra que lado ela pende mais. 
Tarefa difícil.
Muitos concordam que Adriane errou ao comentar (ainda que, como ela mesma frisa, "sem intenção de magoar") sobre a vida pessoal da apresentadora da Record, aconselhando-a a "ser mãe" o que, na sua opinião não solicitada, tornaria Ana "uma pessoa melhor, dando uma melhorada naquele jeito dela". (Pra bom entendedor, meia alfinetada basta!)
É sabido também que, desde o início do ano, as duas vinham se "estranhando" publicamente pelo fato de Adriane e os seus colegas de palco do Muito Mais terem comentado sobre o desentendimento de Ana com a também apresentadora Cris Flores. Na ocasião, o marido de Ana já havia ficado estressado com a intromissão da trupe do Muito Mais e isso gerou o primeiro "climão" da série que, depois do infeliz comentário de Galisteu, ganharia novos e ultrajantes episódios.
Não acredito na total "inocência" de Galisteu em sua crítica; assim como declarou Ana Hickmann, penso que ela "perdeu boa chance de permanecer calada" mas, ainda desconfiando da "falta de intenção" no discurso da loira da Band, não posso compactuar com o espetáculo de má educação e grosseria protagonizado pelo explosivo Alexandre Correa que devolveu a "alfinetada" com marteladas e machadadas muito além do necessário, chegando mesmo a fazer uso de palavras chulas em rede nacional, demonstrando uma selvageria injustificável entre pessoas que, pra piorar a situação, mal se conhecem.
Comentei no Twitter em várias ocasiões acerca dessa saia-justa: "O silêncio é mesmo de OURO!" E se Adriane levasse mais a sério a sabedoria dos ditados populares, teria evitado esse episódio lamentável. Vou mais adiante: conhecesse melhor nossa vasta gama de provérbios e Galisteu jamais se poria a "cutucar a ONÇA com vara curta!"
Sinto que faltou à mãe do Vittório a humildade de reconhecer que "meteu a colher onde não fora chamada" e isso, a longo prazo, tem rendido frutos de péssima qualidade a ambos os lados envolvidos na questão.
Insisto: não acredito na "total inocência" de Adriane, mas não concordo, de forma nenhuma, com a forma como a estão retribuindo pela pequena falta cometida.
Este ilustre "Senhor Marido" parece não entender que, com o comportamento que vem ostentando, ele se despe da condição de "vítima" e se transforma no VERDADEIRO AGRESSOR do caso, escandalizando a opinião pública e jogando na lama, junto com a sua, a imagem da esposa famosa.
Aliás, por falar em "Lama", a citação dos versos da canção de Clara Nunes (o que eu aposto que foi um toque certeiro da arretada Rita Bitatista!) foi uma saída muito "classuda" da parte de Galisteu, logo após a primeira entrevista de Alexandre Correa ao programa Pânico: "Por isso não adianta estar no mais alto degrau da fama com a moral toda enterrada na lama!" Uma resposta breve, porém de impacto. Serviria perfeitamente como "pedra" para encerrar o assunto de vez e fazer com que todos os envolvidos seguissem seu rumo.
Mas não.
Não satisfeitos com o circo que armaram, os "repórteres" do Pânico (se é que podemos chamá-los assim sem incorrer numa falta tremenda contra a classe!) foram atrás do escandaloso senhor Alexandre para colocar, uma vez mais, lenha maciça na vexatória fogueira.
Pronto! Estava começando mais um capítulo na guerra das loiras!
O curioso é que, mesmo sendo da mesma emissora de Adriane, os rapazes do Pânico se referiam a ela com pouco ou nenhum respeito diante das bombásticas declarações do marido de Ana Hickmann! E mais: eles o acompanhavam em suas piadas de gosto duvidoso e praticamente ofereciam a cabeça de Adriane numa bandeja para que o cão feroz a devorasse, faminto e raivoso, diante do telespectador.
Falta de ética define - e isso é o mínimo que podemos dizer diante de tão sorrateiro comportamento.
Ironia maior é que Adriane, toda pimposa, não deixa de jogar confetes e mais confetes, sempre que pode, em cima dos colegas do Pânico, elogiando-lhes efusivamente o bom desempenho no IBOPE - como se, ao fazê-lo, fosse melhorar o seu próprio. Tsc, tsc.
Uma cena tão bizarra na nossa televisão atual que chega a provocar certa vertigem a qualquer homem de boa vontade de plantão.
Essa política do "tudo pela audiência" tem demonstrado, por "A" mais "A" que não é um bom negócio para ninguém, pois todos perdem demais com a roupa suja lavada em público: as lavadeiras, os programas de televisão e, claro, os seus telespectadores que, com toda certeza, poderiam estar assistindo a produções de muito mais nível e qualidade ao invés de presenciar angustiados ou afoitos as cenas dessa tragicômica vida (nada) privada!
Sempre em prol da boa comunicação e da inteligência na televisão, assina:

O Ás Mascarado

quarta-feira, 25 de abril de 2012

COM A PALAVRA, SENHOR WAGNER MOURA


 Palavras do ator Wagner Moura sobre o Pânico na TV, em carta aberta, divulgada no globo.com: 

“Quando estava saindo da cerimônia de entrega do prêmio APCA, há duas semanas em São Paulo, fui abordado por um rapaz meio abobalhado. Ele disse que me amava, chegou a me dar um beijo no rosto e pediu uma entrevista para seu programa de TV no interior. Mesmo estando com o táxi de porta aberta me esperando, achei que seria rude sair andando e negar a entrevista, que de alguma forma poderia ajudar o cara, sei lá, eu sou da época da gentileza, do muito obrigado e do por favor, acredito no ser humano e ainda sou canceriano e baiano, ou seja, um babaca total. Ele me perguntou uma ou duas bobagens, e eu respondi, quando, de repente, apareceu outro apresentador do programa com a mão melecada de gel, passou na minha cabeça e ficou olhando para a câmera rindo. Foi tão surreal que no começo eu não acreditei, depois fui percebendo que estava fazendo parte de um programa de TV, desses que sacaneiam as pessoas. Na hora eu pensei, como qualquer homem que sofre uma agressão, em enfiar a porrada no garoto, mas imediatamente entendi que era isso mesmo que ele queria, e aí bateu uma profunda tristeza com a condição humana, e tudo que consegui foi suspirar algo tipo “que coisa horrível” (o horror, o horror), virar as costas e entrar no carro. Mesmo assim fui perseguido por eles. Não satisfeito, o rapaz abriu a porta do táxi depois que eu entrei, eu tentei fechar de novo, e ele colocou a perna, uma coisa horrorosa, violenta mesmo. Tive vontade de dizer: cara, cê tá louco, me respeita, eu sou um pai de família! Mas fiquei quieto, tipo assalto, em que reagir é pior.” 

O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice.

"O táxi foi embora. No caminho, eu pensava no fundo do poço em que chegamos. Meu Deus, será que alguém realmente acha que jogar meleca nos outros é engraçado? Qual será o próximo passo? Tacar cocô nas pessoas? Atingir os incautos com pedaços de pau para o deleite sorridente do telespectador? Compartilho minha indignação porque sei que ela diz respeito a muitos; pessoas públicas ou anônimas, que não compactuam com esse circo de horrores que faz, por exemplo, com que uma emissora de TV passe o dia INTEIRO mostrando imagens da menina Isabella. Estamos nos bestializando, nos idiotizando. O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice. Amigos, a mediocridade é amiga da barbárie! E a coisa tá feia.” 

Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência.

"Digo isso com a consciência de quem nunca jogou o jogo bobo da celebridade. Não sou celebridade de nada, sou ator. Entendo que apareço na TV das pessoas e gosto quando alguém vem dizer que curte meu trabalho, assim como deve gostar o jornalista, o médico ou o carpinteiro que ouve um elogio. Gosto de ser conhecido pelo que faço, mas não suporto falta de educação. O preço da fama? Não engulo essa. Tive pai e mãe. Tinham pais esses paparazzi que mataram a princesa Diana? É jornalismo isso? Aliás, dá para ter respeito por um sujeito que fica escondido atrás de uma árvore para fotografar uma criança no parquinho? Dois deles perseguiram uma amiga atriz, grávida de oito meses, por dois quarteirões. Ela passou mal, e os caras continuaram fotografando. Perseguir uma grávida? Ah, mas tá reclamando de quê? Não é famoso? Então agüenta! O que que é isso, gente? Du Moscovis e Lázaro (Ramos) também já escreveram sobre o assunto, e eu acho que tem, sim, que haver alguma reação por parte dos que não estão a fim de alimentar essa palhaçada. Existe, sim, gente inteligente que não dá a mínima para as fofocas das revistas e as baixarias dos programas de TV. 
Existe, sim, gente que tem outros valores, como meus amigos do MHuD (Movimento Humanos Direitos), que estão preocupados é em combater o trabalho escravo, a prostituição infantil, a violência agrária, os grandes latifúndios, o aquecimento global e a corrupção. Fazer algo de útil com essa vida efêmera, sem nunca abrir mão do bom humor. 
Há, sim, gente que pensa diferente. E exigimos, no mínimo, não sermos melecados. No dia seguinte, o rapaz do programa mandou um e-mail para o escritório que me agencia se desculpando por, segundo suas palavras, a “cagada” que havia feito. Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência. E contra a audiência não há argumentos. Será?"

Comentário do blog:  É, minha gente, no "IMPÉRIO DA TOLICE", quem tem UM OLHO tá rezando pra FICAR CEGO LOGO e não presenciar o que vem por aí! (Sim, porque a tendência é PIORAR, não se iludam!) Um povo que valoriza e dá IBOPE pra IMBECILIDADE e despreza a EDUCAÇÃO e os PROFESSORES (só pra citar o mínimo, uma vez que a lista de negligências é enorme!) não pode ser um povo com um futuro muito bom, não é mesmo? MEDO é a palavra! Medo dessa gente que PENSA que faz humor, PENSA que entretém a população, PENSA que está "arrasando"! Particularmente, não gosto nem nunca gostarei desse tal programa "Pânico" e acho que eles merecem um belo de um TURN OFF todo domingo à noite, na BAND. Humilhar e maltratar as pessoas não tem NADA de engraçado e é preciso que esses presumidos "donos da verdade" saibam disso! Wagner Moura deu o exemplo e oxalá outras pessoas com visibilidade grande como ele fizessem o mesmo! Tá na hora de começar a gritar, minha gente! Gritar que NÃO SOMOS IDIOTAS e NÃO QUEREMOS SER TRATADOS COMO TAIS! Acorda, povo brasileiro! Antes que seja tarde demais.

domingo, 8 de abril de 2012

SÔNIA ABRÃO E A VOLTA ÀS ORIGENS

 Volta às origens certamente beneficiaria a apresentadora do "A Tarde é Sua"

"Nesta última terça-feira, 03, Sonia Abrão fez o quadro "Roda da Fofoca" dentro do seu programa, o "A Tarde é Sua", na RedeTV! Ficou claro que a Sonia faz muito melhor pautas sobre variedades e entretenimento do que sobre crimes e tragédias. O "A Tarde é Sua" é bem melhor que o "Muito Mais" quando fala dos famosos. É gostoso passar a tarde vendo Sonia Abrão e seus convidados falando da vida alheia de uma maneira bastante simples. O programa da Galisteu fala dos famosos com uma "malícia" e as entrevistas que a atração realiza não se mostram muito interessantes. A Sonia sabe e faz muito bem a cobertura do mundo artístico. Uma pena que o seu programa não se volte totalmente para esse lado."

A nota acima é de Evelino Inácio, e você confere o texto todo clicando aqui.
E o motivo de eu ter reproduzido o texto acima você fica conhecendo agora.

A jornalista Sônia Abrão, acusada (muitas vezes, com toda razão!) de fazer "sensacionalismo" ou promover verdadeiros "alardes" em cima de acontecimentos variados (sobretudo do obituário da semana, seu "prato preferido"), tem, na sua origem, uma imagem bem diferente dessa que hoje ostenta na Rede TV!, no comando do "A Tarde é Sua".
Sônia começou na televisão de forma muito distinta: comentava notas que saíam nas revistas, fazia entrevistas inteligentes (como ainda faz e ninguém pode negar seu talento como entrevistadora), exibia matérias sobre curiosidades dos bastidores da televisão (sobretudo na fase do SBT) e cativava o público por ser o que poderíamos chamar de "uma fofoqueira do bem", não uma paladina dos pobres e oprimidos, em busca da audiência perdida.
Pessoalmente, não assisti ao programa de Sônia no dia mencionado pelo colunista, mas fiquei com vontade de. Sim, porque aprecio a boa comunicação e Sônia é suficientemente hábil com as palavras para desempenhar o seu papel com louvor - diferente do que vemos acontecer com outros pseudoapresentadores, que nem falar direito sabem e estão em frente às câmeras nos enrolando com sua falta de talento e descompromisso total com aquilo que fazem.
Sem dúvida alguma que Sônia Abrão ultrapassa anos-luz a trupe ainda crua, afobada e despreparada do "Muito Mais", da BAND.
Ela tem uma vasta carreira na comunicação e é uma profissional fantástica - apenas equivocada com o rumo que deu à sua atuação diante das câmeras.
Quando disse que fiquei com vontade de ter visto o programa da Sônia foi simplesmente porque eu adoraria vê-la retomando sua faceta original, como comentarista de assuntos relacionados aos bastidores da televisão.
Sônia fez sua carreira exatamente assim: comentando o universo das celebridades no rádio, em jornal e revistas. E suas colunas eram agradabilíssimas! Bem escritas, leves, dinâmicas, sem a amargura de uma Fabíola Reipert (que de jornalista não tem NADA!) ou o jeito afetado de uma Patrícia Kogut.
Se for essa a intenção - a de resgatar essa "Sônia Original" - eu torço muito para que a apresentadora recupere o estilo que a consagrou e abandone de vez esse sensacionalismo tão lamentável que hoje impera na TV aberta.
Sônia é inteligente, é uma crítica com percepção (quando quer) e que com certeza tem "Muito Mais" (precisava fazer o trocadilho! Hehehehehe) a ensinar aos amadores que ainda engatinham no ramo e que, por enquanto, estão mais perdidos do que cego em tiroteio.
Que o bom senso retorne ao trabalho de Sônia e ela volte a nos agraciar com seu talento de jornalista DE VERDADE.
Em defesa da boa comunicação, assina:

O Ás Mascarado 


quinta-feira, 5 de abril de 2012

DÉBORAH BLANDO, A FÊNIX


(Com informações do Extra) 

E quem não se lembra da moça com cara e voz de anjo, sucesso absoluto nos anos 80 e 90, que embalou várias tramas de sucesso na televisão com seus hits e marcou nossa memória de forma tão doce e definitiva?
Estou falando da belíssima Déborah Blando, claro. Afastada da mídia há alguns anos por problemas com medicamentos e drogas ilícitas, a loura prepara seu retorno aos holofotes refeita dos inúmeros baques e, segundo afirma, mais consciente e equilibrada depois de reencontrar seu eixo através da psicanálise e do desenvolvimento da espiritualidade.
Recentemente a cantora revelou, em entrevista ao jornal Extra, que precisou, num dado momento, se afastar da carreira para cuidar da sua saúde mental. Segundo ela, foi viciada em cocaína, maconha e muitos tipos de remédios o que quase a levou à morte por causa de overdoses. "Eu quase morri com uma overdose de ritalina. O meu coração quase parou. Fui ao fundo do poço", declarou Déborah ao jornal. 
Ela ainda explica que não conseguiu lidar bem com o sucesso e que não conseguia, de forma alguma, estabelecer o equilíbrio e a paz interiores, motivo que a levou a buscar "socorro" de forma equivocada nos medicamentos e na cocaína. Durante a entrevista concedida ao jornal, ela comparou sua situação com a vivida pela cantora Whitney Houston, falecida há pouco tempo: "Nós não tivemos estrutura emocional para lidar com o sucesso", ponderou.
A coragem e a lucidez de Déborah no momento presente são dignas de muito respeito e admiração por parte do público, uma vez que, como sabemos, são poucos os que conseguem lutar contra os próprios demônios em busca da libertação do vício e da recuperação física e mental.


A mídia nos oferece inúmeros exemplos de talentos como o da cantora que não conseguiram se livrar da dependência química e acabaram desperdiçando suas vidas sem, infelizmente, encontrar saída para o labirinto e o vazio internos que os levaram a mortes prematuras, ocasionado a dor e o sofrimento às suas famílias e aos seus fãs.
Muito felizmente, o exemplo de Déborah vem na contramão dessa tendência e nos mostra que é preciso ter muita força de vontade e compromisso consigo próprio para superar grandes obstáculos e reassumir as rédeas da própria história.
Déborah tem uma carreira de sucesso e, passada a tempestade, a bonança há de vir ao encontro de seu espírito de Fênix, fazendo-a ressurgir das cinzas da maneira como sempre a recordamos: linda, talentosa e cheia de carisma.
Nós, que admiramos sua trajetória musical e, agora, seu exemplo de vida, desejamos à cantora toda luz e todo equilíbrio necessários para que retome feliz e lúcida, livre dos fantasmas do passado, sua carreira de sucesso, para o deleite dos fãs que estavam morrendo de saudade dela.
Comprometida com o seu "renascimento", Déborah se prepara para gravar um DVD com os antigos sucessos e iniciar uma nova turnê. 
Contando os dias para o lançamento!
Muito amor a você, querida Déborah.

Ás Mascarado

segunda-feira, 2 de abril de 2012

FÔLEGO NOVO PARA AS TARDES DA BAND

 Lysandro, Adriane e Rita: Muito Mais cor e jovialidade nas tardes da BAND.

Estreou, em janeiro, o novo programa de Adriane Galisteu nas tardes da BAND: o "Muito Mais".
Para a nossa mais grata surpresa (e alegria!), a loira não voltou só: trouxe a tiracolo uma equipe que muito rápido chamou a atenção do público vespertino e já se encarregou de cativar mais alguns fãs apaixonados pela atração, garantindo fôlego novo e jovial à programação vespertina da TV aberta.
A trajetória televisiva de Adriane o Brasil todo já conhecia: com passagens pela Rede TV!, Record e SBT, há tempos a moça vinha tentando emplacar uma atração na grade da BAND, sua atual emissora. O Muito Mais, ao que tudo indica, é justamente a fórmula pela qual a apresentadora e o seu público esperavam com tanta ansiedade para que Galisteu pudesse canalizar todo seu charme e simpatia, extravazando todo seu potencial comunicativo. 
Basta ligar a TV às 16h e sintonizar a BAND para comprovar: Adriane está feliz, solta, muito à vontade e superdedicada ao atual projeto. Tal disposição, claro, só aumenta o brilho e a energia do Muito Mais que, não bastasse isso tudo, ainda tem um cenário lindo, gostoso de olhar e superconvidativo para que o telespectador pronto se sinta familiarizado com o clima descontraído e alegre que ali impera.
Mas, como dissemos, nem só do talento da mãe do Vittorio vive o programa: Rita Batista e Lysandro Kapila comandam o Muito Mais ao lado de Adriane, contribuindo - e muito! - para o sucesso, a credibilidade e a jovialidade do programa. 

 A telentosa e inteligente Rita Batista reforça o conteúdo e a qualidade do programa.

Rita é uma jornalista/radialista baiana de muito sucesso em seu estado e que, agora, através de sua participação no Muito Mais, conquista admiradores em todo o Brasil por sua postura séria, sua personalidade marcante e sua autenticidade à toda prova. Diariamente, Rita surpreende os telespectadores com sua ousadia, suas citações de impacto e a forma inteligente e articulada como expõe seus pensamentos - coisa de quem nasceu para trabalhar com comunicação e que está, sem sombra de dúvidas, no caminho certo.
Lysandro era redator do "Caldeirão do Huck" e, assim como Rita, deixou seu antigo trabalho e sua cidade natal para aceitar o desafio de comandar um programa de televisão em rede nacional. Ele é o responsável pela locução das matérias exibidas no Muito Mais e, ao fazê-lo, imprime inegável agilidade e um tom muito jovial a elas, renovando o perfil dos chatos "VTs", garantindo o interesse e a atenção do público ao seu texto e à sua narração. Por sua simpatia e beleza, Lysandro deixa o público feminino (mas não só ele!) rindo à toa na frente da televisão.

 O trio que acompanha Galisteu na apresentação do Muito Mais.

Além de Rita e Lysandro, há ainda o blogueiro Vinicius Gomez, apelidado "Gominho", fazendo comentários - às vezes deslocados e sem graça! - sobre as pautas do programa. Sua participação reforça o lado cômico da atração, mas seu despreparo para as câmeras é evidente: além de não ter uma pronúncia clara, o que muitas vezes dificulta o entendimento daquilo que ele diz, Gominho é, em muitos momentos, talvez até pela sua já mencionada inexperiência, inconveniente e "sem noção", quando não abertamente "forçado" nos desentendimentos que insiste em simular com Galisteu.
De um jeito ou de outro, não se pode negar que o talentoso diretor Rodrigo Branco tem em mãos um material humano muito rico para desenvolver um programa interessantíssimo - como vem progressivamente fazendo! -, fonte segura de entretenimento e diversão para todas as idades.
Aliás, Rodrigo tem se demonstrado atento observador de seu elenco, sabendo como explorar - no melhor sentido possível! - o potencial de cada um dos seus apresentadores.
Recentemente, com a criação do quadro "Coletiva", comandado por Rita Batista, Branco marcou um gol de placa ao explorar a experiência e a inteligência da apresentadora num momento do programa que tem a sua cara, moldado especialmente para o seu perfil, potencializando a sua participação, dando a Rita o espaço que ela precisa para nos deliciar com sua desenvoltura e, claro, sua competência.
O mesmo acontece em relação a Lysandro: desde a chamada de abertura até as matérias exibidas no corpo do programa, sentimos de maneira muito agradável como o apresentador imprime sua leveza e jovialidade ao conteúdo do Muito Mais, garantindo seu colorido e seu nítido diferencial em relação a outras atrações do mesmo gênero.


 Aliás, cabe, aqui, outra importante observação: para quem acredita que o Muito Mais seja um programa de "fofocas", aconselho que acompanhem algumas edições do vespertino da BAND para comprovar que NÃO; o programa NÃO É apenas mais um "TV Fama" da vida! Trata-se de uma atração SOBRE celebridades, não mais uma revista eletrônica de fofocas comandada por fofoqueiros de plantão. O Muito Mais relembra fatos marcantes, discute comportamento, moda, estilo, polêmicas variadas, tudo sem apelar para o sensacionalismo; fazendo seu trabalho com muita leveza, comprometido com o entretenimento, a informação e a análise justa dos "dois lados" de todas as histórias, dando voz e vez aos envolvidos nos casos levados à pauta do programa.
Acredito não exagerar quando digo que o Muito Mais é, sim, uma promessa e tanto para as tardes da televisão brasileira. A audiência vem demonstrando crescente interesse em acompanhar a atração a cada semana e televisão, como sabemos, é isso: o programa é lançado, lapidado, remodelado no ar e, nesse ínterim, ganha um público cativo, que vai se acostumando e se afeiçoando à atração - motivo pelo qual o horário deve ser sempre mantido, para que o público não se perca nem se disperse.
Quem ainda não conferiu deve, no mínimo, dar uma chance ao programa mais colorido e interessante da BAND e ver o que acontece... Garanto que não vão se arrepender!
Ficam registrados, aqui, meus calorosos cumprimentos ao diretor, Rodrigo Branco, e a todo o elenco desse "bafônico" Muito Mais.
Tô com vocês e não abro! Sou MUITO MAIS a Band nas tardes de segunda à sexta, das 16h às 17h. 

Ás Mascarado

domingo, 1 de abril de 2012

CASSETA E PLANETA VAI FUNDO... PRA LAMA!


E bem nos diz a sabedoria popular que, pra defunto ruim, é melhor o esquecimento, mesmo.
A que vieram os Cassetas nessa desenteressantíssima edição "Casseta e Planeta vai fundo", minha gente?
Há alguns posts falei sobre essa perigosíssima tentativa de "popularizar" a televisão, fazendo os programas atenderem às expectativas mais esdrúxulas da audiência. Dar ao povo o que ele quer não significa - e eu vou sempre bater nesta tecla! - oferecer produtos de péssimo gosto e mais-do-que-duvidosa qualidade.
Os Cassetas pegaram pesado nas piadas e, em alguns momentos, chegaram a ser nojentos. Seu humor anacrônico não consegue alcançar o timing de comediantes mais jovens e ágeis como os do Pânico e do CQC, que conseguem aproveitar os ganchos de forma inteligente e realmente engraçada.
Os áureos tempos da trupe do Casseta foram mesmo durante os anos 90 e início dos anos 2000. A uma certa altura, como todos sabem, o humor dos caras já dava indícios de que havia perdido a graça e a força,  saturando a audiência com seus clichês, imitações forçadas e nenhuma ou muito pouca criatividade - fatores esses que refletiram de forma contundente na derrocada da audiência e na tardia extinção do humorístico "Casseta e Planeta Urgente", em 2010.
A pergunta é: quando o programa saiu do ar, a promessa dos integrantes do grupo foi a de voltar, num momento posterior, com uma atração diferente, mais dinâmica, completamente reformulada.
Acreditando no talento e na inteligência que os Cassetas demonstraram há muitos anos (quando ainda eram um sucesso dentro do gênero humorístico na TV), o público, claro, fantasiou e criou esperanças de que a "temporada na geladeira" realmente surtisse algum (bom) efeito ou mesmo operasse o milagre de revitalizar a atração.
Expectativas vãs: o programa a que assistimos na última sexta, dia 30, além de não trazer "novidades", decepcionou por jogar na lama a reputação já bastante manchada e machucada do humorístico.
Descobrimos, desapontados, que fazíamos bem em não sentir falta alguma do programa e de seus apresentadores.


"Miô" Mello e "Maria Mamilo" (não pude resistir aos trocadilhos!), além de não acrescentarem nada ao contexto, não conseguiram despertar qualquer animação ou expectativa no expectador acerca de suas tão anunciadas participações na "nova" equipe. Particularmente, encaro-as como meras figurantes, sem importância alguma para a "reformulação" do programa que, pelo visto, não foi - mesmo! - levada a cabo.
Doeu assistir, doeram as piadas forçadas, doeram as participações pífias das celebridades que, diferente do que aconteceu em vários momentos do passado, não tiveram graça alguma e só conseguiram expor alguns figurões da casa ao ridículo, gratuitamente, sem arrancar um sorrisinho qualquer do telespectador.
Resumo da ópera: não há o que salvar em "Casseta e Planeta vai fundo"! Talvez, pra ser um cadinho generoso, a abertura em animação que, diferente do programa, foi muito bem feita e produzida. 
Mas só.
Espero que os outros canais aproveitem a "deixa" da Globo e nos ofereçam opções mais interessantes para as noites de sexta-feira. Caso contrário, aí está a TV a cabo para tentar salvar as noites de quem preferir ficar em casa, longe da agitação dos barzinhos e das baladas.

Ás Mascarado

sexta-feira, 23 de março de 2012

QUANDO A FAMA É USADA PARA O BEM

E eis que, na minha leitura rotineira de notícias sobre celebridades na rede, deparo-me com a seguinte nota, no site da revista CARAS, reproduzida na íntegra a seguir:

Rússia pode multar Madonna por defender homossexuais 


Madonna (53) tem uma polêmica e um show agendados para acontecer em São Petersburgo, na Rússia, em agosto. A cantora corre o risco de ser multada em 5 mil rublos (algo em torno de R$ 310) caso defenda a causa homossexual durante sua apresentação – o que ela já afirmou que irá fazer. Recentemente foi aprovada em São Petersburgo uma polêmica lei que proíbe a propaganda homossexual na região. O deputado russo Vitail Milónov afirmou que Madonna também estará submetida às leis do país quando se apresentar por lá. "Se Madonna ou algum dos organizadores infringir a lei, será castigado”, disse à imprensa internacional. Irritada com a situação, Madonna divulgou uma carta em sua página no Facebook falando sobre o assunto: 
“Eu sou uma lutadora livre. Meu show, minhas músicas, meu trabalho, minha arte. É tudo sobre a liberdade de expressão. Liberdade de escolher, de falar e de agir. Sempre com humanidade e compaixão. Eu vou a São Petersburgo para falar com a comunidade gay, para apoiar a comunidade gay e dar força e inspiração para qualquer um que se sinta oprimido. Eu não fujo da adversidade. Eu vou falar durante meu show sobre esta atrocidade ridícula”, escreveu.

Quando a fama é usada para o bem

Decidi aproveitar o gancho para abordar por aqui outro assunto que considero muito relevante no universo das celebridades: a fama e o sucesso usados para o bem.
É fato que celebridades polêmicas como Madonna acabam reunindo em torno de si, às vezes com a mesmíssima intensidade, uma legião de adoradores fervorosos e apaixonados e, do outro lado, concomitantemente, um grupo tão numeroso quanto de opositores, caluniadores ou simplesmente antipatizantes.
A despeito da clássica dicotomia gostar X não gostar, pesa aquilo que a celebridade tem de bom ou de ruim enquanto figura pública, formadora de opinião e exemplo não só para seus adoradores, mas para a sociedade em geral.
É sob essa perspectiva que quero abordar o excelente exemplo dado por Madonna aos russos. Exemplo não de transgressão ou desrespeito às leis locais, mas de luta e engajamento mais que justos pelos direitos humanos, contra a segregação de qualquer ordem, a favor do respeito entre as pessoas, suscitando a discussão e a reflexão acerca de atitudes cruéis e desumanas não só contra homossexuais, mas contra toda e qualquer "minoria" (embora eu abomine o termo e não concorde com ele!).
E muito se engana quem pensa que o exemplo mencionado pela nota da CARAS é isolado na carreira da popstar internacional. Quem acompanha - ainda que de longe, como eu - a trajetória de Madonna, sabe o quanto essa respeitável senhora já levantou a sua voz para denunciar, defender ou mesmo enfrentar tudo aquilo e todos aqueles que, de alguma forma, mostraram-se como "castradores" ou censores da liberdade de expressão, oprimindo, julgando e condenando mulheres, negros, homossexuais, ateus, enfim, diferentes perfis, diferentes raças, diferentes estilos de vida.
Considerada um dos símbolos da emancipação feminina nos anos 80, Madonna, cidadã, mulher e, claro, artista, sempre buscou por onde fazer com que as pessoas parassem em meio à efervescência pop para refletir sobre seus direitos, seu papel e sua importância na sociedade em que vivemos.
Gostando ou não da música, da vida, do trabalho ou das performances da cantora, não há como negar que socialmente, Madonna cumpre com o importante papel de ser uma instigadora, uma fomentadora de questões polêmicas que não podem mais ser simplesmente "varridas para debaixo do tapete", como se já não tivéssemos lucidez e maturidade suficientes para trazê-las à pauta e as discutirmos à luz do bom senso e da justiça social, desfazendo ou minimizando os efeitos de preconceitos e violências antigos, completamente injustificáveis em pleno século XXI.
A fama, nesses casos, repercute para o bem. Um assunto como esse, trazido à tona por uma celebridade do quilate de Madonna, ganha não só força como dimensão incomensuráveis. O que era para ser um fato local, isolado, restrito a uma determinada comunidade, acaba alcançando proporções mundiais e levando o planeta todo a refletir a esse respeito, indignando-se junto com os diretamente afetados pela irracionalidade da agressão e da censura sofridos por eles.
Na esteira de Madonna, cabe frisar que muitas outras celebridades, nacionais e internacionais, não fogem à luta nem às suas responsabilidades de figuras públicas e influentes que são, arregaçando suas mangas em prol de muitas e nobilíssimas causas.
No devido tempo, para não esgotarmos num só post a pauta, mostraremos e falaremos de outros tantos exemplos notáveis e inspiradores que circulam por aí, no mundo, cumprindo o importante papel de representarem franca oposição aos mais diferentes atos de violência contra o ser humano.
Como tudo que tem dois lados e concentra em si duas energias opostas porém complementares, a fama pode, sim, e Madonna é a ilustração cabal disso, ser usada para o bem, promovendo ações sociais e contestações que merecem não só o nosso aplauso e a nossa admiração, mas também nosso respeito e nossa reflexão.
A favor do bom senso e dos bons exemplos, assina:

O Ás Mascarado

quarta-feira, 21 de março de 2012

POPULARIZAR É LEGAL?


Assistindo aos programas que pipocam na TV aberta, desde aqueles de auditório até as telenovelas, é inegável  que o fenômeno da popularização já se faz perceber a olhos nus nas pautas e nos roteiros de várias de nossas produções.
Até mesmo a poderosa Globo, antes presa ao seu famoso "padrão de qualidade", já anda mostrando a quem quiser assistir que se rendeu às preferências das classes C e D, recomendando, inclusive, que seus autores de teledramaturgia fiquem atentos às expectativas dessa faixa que, por seu crescimento vertiginoso, parece estar "ditando moda" em nossos dias, como se estivesse, para lançar mão de didática comparação, com o "grande controle remoto da TV brasileira" nas mãos!
Como cada um tem a sua opinião e há espaço sob o sol para todas elas, limito-me, aqui, a registrar humildemente a minha.
Acho ótimo que as pessoas tenham melhorado de condição financeira e que possam, sim, chamar a atenção das grandes emissoras para suas expectativas e preferências. Democracia é isso e é muito justo que a vontade do público seja levada em consideração ao se criar e levar ao ar uma grade.
Por outro lado, o que particularmente me incomoda é que a "popularização" seja geral, atingindo desde os nossos telejornais até a liberdade dos dramaturgos de escolherem os assuntos sobre os quais querem, de verdade, falar ou escrever.
Claro que é possível entender, como disse no post anterior, que a audiência de hoje queira se ver retratada nos programas a que assiste. A internet provocou uma onda de narcisismo que dificilmente vai baixar e que, ao contrário, tende a ditar - cada vez mais, pelo visto! - as regras e a metodologia de como se faz TV no Brasil, atualmente.
O famigerado IBOPE comanda tudo! Enquanto os números estiverem nas alturas, não há por que parar e refletir sobre a qualidade do que é oferecido ao público porque, muito infelizmente, a grande massa, na maior parte do tempo, não se interessa senão pelo sensacionalismo, pela tragédia alheia ou simplesmente pelo que reproduz - com o maior grau de fidelidade possível! - o "quintal" de suas próprias casas e as agruras mais comuns do seu dia-a-dia.
É justamente isso que considero lamentável. Porque a TV, como veículo de comunicação, tem, sim, de pensar no seu público e modelar sua linguagem a ele, mas, em contrapartida, estimular inclusive o que há de pior nas expectativas desse mesmo público é querer garantir audiência a qualquer preço - e, a qualquer preço, assim penso eu, nada de real valor pode ser obtido. Excessos, normalmente, não nos conduzem a desfechos muito felizes, porque norteados pela febre ou pela capitalista necessidade do triunfo cego.
E está aí a história da televisão no país para nos mostrar que os mais lamentáveis episódios em atrações televisivas foram frutos da ganância pela audiência de gente que, sem nenhum pudor, invadiu, desrespeitou, ridicularizou ou humilhou o outro apenas para se manter no topo do IBOPE.
Mas ao sugerir maior atenção e cuidado das emissoras de TV não me refiro também, em absoluto, à criação de conteúdos "politicamente corretos" ou entediantemente educativos, porque até o "bom-mocismo" cansa e nos soa artificial; refiro-me tão somente à preocupação que deve existir não apenas de entreter, mas também de ser útil ao telespectador, forçando-o a enxergar além da própria realidade, quebrando barreiras; constituindo-se não só num mero "espelho" do universo do telespectador, mas também num espaço de reflexão, discussão e revisão de valores, costumes e posturas o que, felizmente, vez ou outra acaba acontecendo, para a nossa alegria.
Popularizar pode ser algo ótimo. Respeitar e tentar agradar a públicos diferentes é um desafio muito nobre da televisão desde que ela se comprometa a cumprir tal meta sem se esquecer do compromisso que supostamente tem com a qualidade, a ética, a formação e a informação.
Acredito que podemos, sim, se realmente quisermos, investir em programação de qualidade, sem apelações nem baixaria, de caráter edificante sem ser doutrinador ou elitista.
Quem trabalha com comunicação sabe o quanto é importante disseminar o bom hábito do diálogo e da concórdia entre as pessoas.
Felizmente, "vezenquando" me deparo com exemplos inspiradores na televisão brasileira - mas isso será assunto para o meu próximo texto, combinado?
Por uma TV mais consciente e inteligente, assina:

O Ás Mascarado.

segunda-feira, 19 de março de 2012

UM NOVO TEMPO, UMA NOVA TV


A TV mudou demais ao longo dos últimos anos e décadas. Fisicamente, ela deixou de ser aquele trambolho enorme, que ocupava um espaço considerável em nossas estantes, e se transformou num objeto mais de acordo com os padrões estéticos vigentes, ficando mais esbelta, leve e fininha. Agora, em sua versão "top", ela também oferece uma resolução de imagem jamais vista, ocupando um espaço quase pífio, podendo ficar - oh, maravilhas tecnológicas! - até mesmo pendurada na parede de nossas salas, dispensando o altar que antes lhe era dedicado em quase todos os lares do país.
Mas até aí contemplamos, basicamente, apenas os avanços tecnológicos sobre os aparelhos televisivos da modernidade que, sem dúvida alguma, revolucionaram nossa forma de assistir aos nossos programas favoritos nos últimos tempos. As mudanças externas, como se pode ver, foram muitas e muito significativas, mas as internas, como também veremos, foram enormes e, podemos afirmar, igualmente definidoras e definitivas nesses novos tempos: a TV e seus programas, como você já deve ter notado, não são mais os mesmos.
Os programas mais vistos de antigamente - novelas e telejornais, carros-chefes de muitas de nossas maiores emissoras - hoje enfrentam, além da tradicional e natural concorrência de outros canais, também a forte concorrência de outras mídias, que "roubaram" para si a atenção e o tempo dos telespectadores, cada vez mais interessados em interagir com seus ídolos e, quando não, interessados em se tornar, eles próprios, qualquer sorte de pseudocelebridade, ainda que por contados minutos de fama, num reality show qualquer da vida ou nas incontroláveis páginas do YouTube e do Twitter.
Aliás, cumpre frisar, reality shows são, com toda certeza, a cara dessa nova geração de telespectadores dos anos 2000, interessada, sobretudo, em se ver estampada e reproduzida na telinha, num nítido ímpeto narcisista, tão vazio de conteúdo quanto repleto de vaidade, nonsense e soberba. Uma lástima, vamos convir.
Junte-se a isso o fato de que audiência raramente embarca com o mesmo encanto de antigamente nas produções televisivas atuais, simplesmente porque perdeu a capacidade de sonhar e fantasiar diante da TV. É a realidade do seu cotidiano que elas esperam encontrar ao ligar o aparelho televisor e sintonizar seu canal preferido e não mais aquele mundo inatingível das elites, do luxo e do glamour. Um fenômeno social bastante interessante e significativo, que diz muito sobre o perfil da programação da maioria das nossas Tvs abertas. Qualquer programa de "barraco" e baixaria, hoje, consegue mais audiência na TV aberta brasileira que um documentário de conteúdo ricamente produzido/elaborado ou um programa de debate que priorize a discussão inteligente de ideias e comportamentos.
As telenovelas, meninas dos olhos de qualquer grande emissora do país, também vêm mudando o seu perfil. Sua longa duração tem sido progressivamente encurtada e as histórias contadas ao grande público tendem a se aproximar, a cada nova produção, do realismo/naturalismo dominante no atual estágio da novela brasileira. É claro que exceções pipocam, de quando em vez, aqui e ali mas, em tempos de massificação, "ser diferente", não obstante, pode custar muito caro. Seguro mesmo é apostar na tendência que vem arrebatando a mais gorda fatia dos telespectadores que ainda se rende aos encantos da boa e velha televisão e "popularizar geral", alimentando o "monstro de mil cabeças" com aquilo que ele implora por consumir: sempre mais do deprimente e inculto mesmo.
E alguém aí se lembra dos programas infantis? Filão tão brilhantemente consagrado no Brasil por Xuxa e perpetuado por suas inúmeras imitadoras nos anos 80 e 90? Pois é. Ficaram lá, no passado! A audiência infantil dos nossos dias está mais conectada aos jogos e atrações virtuais do que naquele velho formato que, um dia, rendeu à televisão o simpático apelido de a "babá eletrônica". Não há qualquer atrativo para a criança contemporânea nos programas apresentados por palhaços, moças louras ou mesmo... outras crianças! Sim, tentou-se de tudo mas, ao que parece, nada cativou mais a fidelidade do público infantil. Também colaboram para esse retumbante fracasso as animações nonsense e escalafobéticas, muito diferentes dos bons e velhos cartuns de antigamente.
O jornalismo não ficou de fora dessa profunda transformação e decidiu tirar o terno e a gravata e se aproximar do público através de comentários mais descontraídos entre uma manchete e outra, transformando os âncoras em figuras mais carismáticas e simpáticas, próximas do telespectador. Sinal dos tempos: quem diria que a formalidade que sempre imperou no telejornalismo fosse dar lugar a um "papo menos formal" com a audiência?
Apelações? A televisão atual está saturada delas! Sejam de ordem sexual ou de caráter sensacionalista, qualquer atração da TV aberta atual, em algum momento, se rende àquilo que pode garantir décimos a mais na disputa acirrada pelo IBOPE.
Mas, em tempos de gratuidade e desinformação, nem tudo são agruras no universo televisivo.
Muito felizmente, mesmo num tempo em que a qualidade perde espaço para a quantidade nas nossas telinhas, há produções e profissionais de bom gosto e inteligência que resistem com talento e garra à "bundalização" da nossa cultura e, ao resistirem, acabam se constituindo em verdadeiros exemplos a serem seguidos.
O "Quem te Viu, Quem TV" é um espaço de valorização e discussão de tudo o que há de melhor e mais interessante na televisão brasileira atual.
Não é um espaço de fofocas nem uma revista sobre a vida das celebridades - a rede está repleta de conteúdos assim e, se você está à procura disso, sinto informar, clicou no link errado! É um canal aberto para a comunicação de boa qualidade e profissionais que prezem conteúdo, qualidade e informação em assuntos relacionados a produções televisivas. Gente que entende o papel importante desempenhado pela TV em nossa sociedade e que quer contruibuir para que o bom senso e a inteligência não abandonem de vez a programação já tão deficiente de nossas emissoras.
Assina o sempre alerta e colecionador de raridades televisivas:

Ás Mascarado